Quando chegou a Portuguesa, o time estava a nove pontos de distância do G-4, o elenco estava desacreditado, desmotivado, a diretoria não sabia o que fazer para salvar os noventa anos da Lusa.
Agora com a sua chegada, Sergio Guedes fez o inacreditável, transformou a equipe da Lusa em um time competitivo, trouxe de volta o melhor ataque do Brasil, e diminuiu a diferença do G-4 para 2 pontos, e se conquistar a vitória sobre o Bahia, hoje, em Pituaçu, a Portuguesa roubará a vaga do América MG, que empatou com o São Caetano por 0X0.
Em entrevista ao Blog Revista Série B, o técnico falou das pretensões da Lusa no campeonato e do jogo que poderá valer a vaga da Lusa no G-4 e, talvez o acesso para o futebol brasileiro 2010.
Confira a entrevita:
Revista Série B: Sérgio, quando você assumiu a Portuguesa, muitos já consideravam a Lusa fora da disputa não só pela distância para o G4 (na época eram 9 pontos) como pela queda de rendimento do time. Mas com você o aproveitamento da equipe passou dos 70%. O que foi determinante para a mudança?
Sérgio Guedes: A Portuguesa tem um bom time, com jogadores de qualidade, mas por algum problema esse time se distanciou do G4. Quando cheguei, pelo pouco tempo que teria até o final do campeonato, não me preocupei em saber o que estava errado, mas sim em saber o que poderia ser feito para recuperar a auto-estima de todos. Nós apostamos na conversa, no papo olhando no olho, e deixamos bem claro que só dependíamos de nós para buscar o acesso, por mais que a situação fosse difícil.
Revista Série B: Qual a maior dificuldade de se assumir uma equipe com a competição em andamento (e já caminhando para a reta final)? Qual foi sua primeira atitude?
Sérgio Guedes: A primeira coisa que fizemos foi conversar com o grupo, passar que ainda tínhamos chances e sentir quem estava na luta. Todo o grupo mostrou que estava focado no acesso, então isso acabou facilitando um pouco.
Revista Série B: Você acha que o fato dos adversários terem “se esquecido” da Portuguesa pode ter ajudado nessa aproximação ao G4?
Sérgio Guedes: Não vejo dessa maneira. Se você analisar, a Portuguesa tem a quarta melhor campanha do segundo turno e isso mostra a regularidade da equipe nessa segunda parte do campeonato. Acredito que esses últimos jogos podem ter surpreendido algumas pessoas, mas ninguém havia se esquecido da Portuguesa.
Revista Série B: Se tivesse vencido o América-RN a Portuguesa estaria no G4 hoje. Você ainda lamenta aquele resultado?
Sérgio Guedes: É claro que há uma lamentação maior pelo fato do jogo ter acontecido no Canindé, mas compensamos esse resultado com vitórias sobre São Caetano e Ponte Preta, ambas fora de casa. Nos últimos 10 jogos a Portuguesa somou 22 pontos. Desde que cheguei foram 16 pontos em sete partidas. São três pontos que nos deixariam no G4, mas já foram recuperados pelo caminho.
Revista Série B: Em relação ao jogo contra o Bahia, o time deles vem embalado, pois pode garantir o acesso com uma vitória. Qual o segredo para ganhar o jogo em Pituaçu?
Sérgio Guedes: É preciso que a equipe esteja totalmente focada na partida. Vamos encontrar um ambiente que, em um primeiro momento, vai ser extremamente favorável ao Bahia, pelo apoio da torcida, a motivação por estarem próximos do acesso, mas isso não pode influenciar a nossa equipe, e penso que isso não vai acontecer. Temos jogadores experientes, acostumados com esse tipo de jogo, e que passarão tranquilidade ao restante do plantel. Também é preciso ter calma e tranquilidade para que possamos impor a nossa forma de jogar, o que é fundamental.
Revista Série B: Qual a importância de um jogador como o Dodô num momento como esse?
Sérgio Guedes: O Dodô é um jogador com uma história maravilhosa dentro do futebol. Além da experiência, é um grande jogador. Os números dele nesta Série B comprovam isso. São nove gols em 12 partidas. É o tipo de atleta que cresce em uma situação como a que iremos enfrentar amanhã e isso poderá ser muito importante para nós.
Revista Série B: Para encerrar, a Portuguesa vai conseguir subir?
Sérgio Guedes: Estamos todos focados e trabalhando para isso. Os jogadores estão motivados, a diretoria faz o papel dela, ao pagar em dia e garantir as melhores condições de trabalho, e a torcida também está engajada, passando vibrações positivas. Sabemos que ainda não conseguimos nada e que temos três decisões pela frente, mas não vai faltar empenho e dedicação
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